Castelo e fortificação Medieval
As obras têm início após a
Reconquista Cristã e prolongam-se por vários reinados. Visando incrementar o
povoamento e a sua defesa, o rei D. Afonso III, pela mão do cavaleiro Martim
Anes, começa a erguer a nova alcáçova e as cinco torres quadrangulares que a
compõem, o cubelo e o troço da barbacã sul. No reinado seguinte, sob a égide do
rei D. Dinis, procede-se à construção da Torre de Menagem e quase toda a
barbacã exterior. Por fim, D. Fernando constrói a cortina interior de separação
do alcácer com o casario da vila. A muralha que delimita a praça de armas é
constituída em pedra de xisto e cal reforçada por torres, ao passo que os panos
de alvenaria que rodeiam a vila se encontram assentes em xisto, granito,
argamassa de barro e cal.
Curiosidade: Por volta de 1830 as antigas edificações da praça de armas do
castelo de Monsaraz encontravam-se em adiantado estado de ruína mercê do
abandono humano do edifício militar. Os habitantes de Monsaraz começaram então
a erguer a “sua” praça de touros, aproveitando os materiais dessas antigas
construções e tirando pedras de que precisavam de alguns troços da muralha que
também se encontrava em ruína. Desde então, é tradição realizar-se nessa praça
a corrida de touros das Festas em honra do Senhor Jesus dos Passos.
Fortificação seiscentista
Estas fortificações são recebidas no âmbito da guerra da
restauração (1640-1668) e do progresso da artilharia de cerco. Com papel
fundamental na defesa fronteiriça, o traçado elaborado para Monsaraz, da
autoria de Nicolau de Langres e Jean Gillot, baseava-se no sistema
franco-holandês, desenhado por Vauban, que previa a construção de uma nova
muralha composta pelo Forte de São Bento, “chave defensiva do Arrabalde”, com
revelim abaluartado e cortina artificial, o Forte propriamente dito, em forma
de estrela, o Baluarte de São João e o Baluarte do Castelo. Planeou-se
igualmente a construção de três torres no termo de Monsaraz, sendo a primeira
implantada no marmelão de São Gens, a segunda na herdade das Pipas e a terceira
na herdade de Ceuta.
As Portas de Monsaraz
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