A Cidadela e a Fortaleza de Nossa Senhora da
Luz, situada no seu interior, fazem parte dos fortes militares
construídos entre os séculos XV e XVII para defesa da costa e da entrada
do Tejo.
Em 1488,
D. João II mandou construir a torre fortificada na ponta do Salmodo, devido aos
frequentes desmandos da pirataria inglesa, francesa e moura e à necessidade de
tornar mais eficaz a defesa de Lisboa.
Nos
finais do século XVII, a torre foi transformada em baluarte. Mas o
terramoto de 1755 fez desabar as coberturas e os vários pisos da torre,
salvando-se só as paredes mestras, devido à sua espessura e pelo facto de
estarem amparadas em muralhas quinhentistas.
O Forte
de Nossa Senhora da Luz, com a sua planta triangular, revela as ideias
inovadoras dos arquitectos militares italianos, sem precedentes em Portugal.
Sob a praça da Cidadela existe uma cisterna que actualmente funciona como museu
ou salão nobre, com um tecto abobadado assente em colunas e um
aspecto majestoso.
Em 1871, o rei D. Luís mandou adaptar a casa dos
governadores da Cidadela a residência de Verão para a família real, que
começava a vir para Cascais, a banhos. Foi para lá que se retirou
durante a enfermidade; e lá morreu, a 19 de Outubro de 1889. Foi também na
Cidadela que, a 28 de Setembro de 1878, se inaugurou a iluminação eléctrica em
Portugal, no aniversário do então príncipe D. Carlos.
O antigo palácio real é propriedade da Presidência da República, enquanto
o restante complexo manteve ao longo dos anos servidão militar. A última
unidade do Exército ali instalada foi o C.I.A.A.C. (Centro de Instrução de
Artilharia Antiaérea e da Costa).
Em 2003 a Cidadela foi adquirida pela Câmara Municipal de Cascais para
aproveitamento cultural e turístico. No final de 2011 abriu ao público
totalmente remodelada, e pode ter acesso a vsitar e conhecer o
Palácio da Cidadela com visitas guiadas, o museu da Presidência, a
pousada e fazer compras em várias lojas de comércio
Comentários
Enviar um comentário